Não é nenhuma novidade que a obesidade é um problema crônico.
Cada vez mais esse mal vem se estendendo e atingindo precocemente a população
mundial; de acordo com MENDES et al., 2006 o percentual de pessoas atingida varia
de 50% a mais de 80%. Uma das principais causas desse acúmulo de gordura, segundo
Cohen (1992) apud. Pinho (1999) é o sedentarismo.
Nos dias atuais levamos uma vida cada vez
mais sedentária. As crianças, por sua vez não estão mais praticando nenhuma
atividade física e passam os dias inteiros em frente a computadores e
vídeos-game. Isso associado à alimentação inadequada, repleta
de produtos industrializados, que contém altas concentrações de sódio, açúcar e
gordura é um
“prato cheio” para o surgimento e desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes,
hipertensão entre outras.
Qual a gravidade disso? Até atingir a sua maturação, as
crianças são capazes de multiplicar absurdamente as quantidades de células de
gordura (conhecidas também como adipósitos) no seu corpo. Essas células, depois
que formadas, tem a função de acumular todos os lipídios (gorduras) que conseguirem.
Os adipósitos são capazes, tanto de hipertrofiar quanto atrofiar, porém não
desaparecem do corpo de maneira natural, somente na infância.
Se um indivíduo chegar
à fase adulta com grande quantidade deles, muito provavelmente será obeso (68% a 77% de probabilidade de continuar obeso durante a
adolescência (RONQUE et al., 2005) visto que sempre existirá a
necessidade de se consumir lipídios para “alimentar” essas células. É muito
mais fácil erradicar a obesidade na infância, pois o corpo humano está em
desenvolvimento, constante modificação e com o metabolismo mais acelerado,
tendo mecanismos que irão auxiliar essa diminuição de adipósitos, o que com o
passar do tempo e o envelhecimento se tornará cada dia mais difícil.